terça-feira, 11 de maio de 2010

Dom Casmurro (Machado de Assis)

Dom Casmurro Bentinho, chamado de Dom Casmurro por um rapaz de seu bairro, decide atar as duas pontas de sua vida. A partir daí, inicia a contar sua história (importante salientar esse detalhe. É Bentinho que nos narra sua vida). Morando em Matacavalos com sua mãe, Dona Glória, viúva, José Dias o agregado, Tio Cosme advogado e viúvo e prima Justina (viúva), Bentinho possuía uma vizinha que conviveu como "irmã-namorada" dele, Capitolina - a Capitu. Seu projeto de vida era claro, sua mãe havia feito uma promessa, em que Bentinho iria para um seminário e se tornaria um padre. Cumprindo a promessa Bentinho vai para o seminário, mas sempre desejando sair, pois se tornando padre não poderia casar com Capitu. José Dias, que sempre foi contra ao namoro dos dois, é quem consegue retirar Bentinho do seminário, convencendo Dona Glória que o jovem deveria ir estudar no exterior, José Dias era fascinado por direito e pelos estudos no exterior. Quando retorna do exterior, Bentinho consegue casar com Capitu desde os tempos de seminário havia fundamentado amizade com Escobar que agora estava casado e sempre foi o amigo íntimo do casal. Nasce o filho de Capitu, Ezequiel. Escobar, o amigo íntimo, falece e durante o seu velório Bentinho percebe que Capitu não chorava, mas aguçava um sentimento fortíssimo. A partir desse momento começa o drama de Bentinho. Ele percebe que o seu filho(?) era a cara de Escobar e ele já havia encontrado, às vezes, Capitu e Escobar sozinhos em sua casa. Embora confiasse no amigo, que era casado e tinha até filha, o desespero de Bentinho é imenso. Vão para a Europa e Bentinho depois de um tempo volta para o Brasil. Capitu escreve-lhe cartas, a essa altura, a mãe de Bentinho já havia morrido, assim como José Dias. Ezequiel um dia vem visitar o pai e conta da morte da mãe. Pouco tempo depois, Ezequiel também morre, mas a única coisa que não morre no romance é Bentinho e sua dúvida. Análise num pequeno comentário: Os olhos oblíquos e dissimulados de Capitu demonstram as duas pontas da história da vida de Bentinho: seu primeiro beijo na amada ocorre mediante a percepção daqueles belíssimos olhos de ressaca e seu drama é, justamente, a percepção no velório dos mesmos olhos de Capitu. A infância coligada com Capitu também contribui para a afirmação de Bentinho,pois ela sempre esteve com o espírito de dissimulação que o deixava abismado nos momentos que ela conseguia enganar o próprio pai , o velho Pádua. Dom Casmurro é um livro complexo e cada leitura origina uma nova interpretação. Segundo Fábio Lucas, prefacionista de uma das edições de Dom Casmurro: "É a triangulação ideal que traduz a certeza de uma consciência conturbada, a de Bentinho (cujo nome - Bento Santiago - Santo representa Bem e Iago no drama Othello é a consciência perversa, ou seja, a fusão entra o bem e o mal), e resulta, para o destinatário de seu discurso mesclado de objetividade e de ressentimento (subjetivismo), numa ambigüidade insolúvel". Machado de Assis faz em Dom Casmurro um fato inacreditável em sua narrativa: Ele cria um narrador que afirma algo (ou seja, diz que foi traído) e o leitor não consegue decidir-se se ele está mentindo ou não. E aquela famosa pergunta que é a trilogia do romance, não só entre os brasileiros, mas também como os estudiosos do livro de outros países: Teria sido Capitu culpada de adultério?

A Sociedade Feudal

O vassalo é um senhor mais ou menos fraco, que por obrigação ou interesse vincula-se a um senhor mais forte, a quem promete fidelidade. Essa promessa tem por objeto um contrato que determina as obrigações recíprocas. O senhor promete ao vassalo proteção e sustento. Em troca o vassalo deve ao senhor um serviço militar, assistência política e jurídica, às vezes serviços domésticos, gestos de diferença em qualquer circunstância e em alguns casos ajuda pecuniária. Na França esse auxílio pode ser concretizado de quatro formas: resgate, partida para a cruzada, casamento da filha mais velha e ordenação na cavalaria do primogênito do senhor.
O sistema feudal com efeito, é edificada por uma pirâmide em que cada senhor é vassalo de um senhor mais poderoso. No topo encontra-se o rei, que procura afastar-se cada vez mais do sistema, na base estão os menores dos vassalos, os subvassalos, personagens que os romances de cavalaria apresentam como modelos de lealdade, amabilidade e sabedoria. Entre os dois extremos há uma hierarquia de grandes e pequenos barões, desde condes e duques até os proprietários de pequenos castelos. O poderio de um senhor mede-se pela extensão de suas terras, o número de vassalos e o porte de sua ou suas fortalezas.

O senhorio, cenário da vida cotidiana

O senhorio é o conjunto das terras sob as quais o senhor - seja qual for sua força ou poder - exerce os direitos de propriedade e soberania. Representa a entidade política rural. Há senhorios de todas as dimensões e de todas as formas, o típico é a castelania, que apesar de sua área relativamente reduzida, é bastante para englobar vários feudos necessários à sua proteção. Ducados, condados e grandes feudos eclesiásticos são divididos em certo número de castelania. A geografia feudal caracteriza-se por uma mente a um único proprietário em virtude da variedade de aquisições (heranças, doações, compras, conquistas) e da necessidade de se produzir ali mesmo quase tudo o que é preciso para a sobrevivência do senhorio.
Exceto alguns pequenos feudos que o senhor pode doar a seus cavaleiros armados, o senhorio está dividido em duas partes: as concessões e a reserva. As concessões são pequenas porções de terra arrendada pelo senhor a camponeses, que em troca lhe devem uma parte de sua produção (paga in natura ou em dinheiro, conforme as modalidades extremamente variáveis de uma região à outra) e a prestação de serviços nas terras do senhor, a chamada corvéia (lavoura, colheita, vindima, transporte). A reserva é o domínio diretamente explorado pelo senhor. Ela compreende o castelo e suas dependências, terras aráveis na corvéia, pastagens, bosques e rios sobre os quais todos os habitantes possuem direito de uso relativamente amplos.

Servos e Vilões

Os camponeses que usufruem de concessões dividem-se juridicamente em dois grupos: os vilões e os servos.
O vilão goza de completa liberdade pessoal, embora dependa politicamente do senhor, tem direito a circular livremente, morar onde quiser e às vezes até mudar de senhorio.
O servo, ao contrário está preso ao solo, privado de certas capacidades e sujeito a maiores encargos. Paga impostos mais pesados que os devidos pelo simples vilão; não pode testemunhar num processo contra um homem livre; entrar no clero ou beneficiar-se plenamente dos bens comunais. Sua condição, porém, é diferente das dos escravos da Antiguidade; ele goza de uma certeza personalidade jurídica e pode possuir um patrimônio; o senhor que lhe deve justiça e proteção, não pode matá-lo, espancá-lo ou vendê-lo.

O Povo das Cidades

As cidades geralmente não passam de aldeias ampliadas. No entanto, a partir do século XI verifica-se em todo o Ocidente um inegável crescimento urbano, em decorrência da retomada do comércio e das atividades de troca, de indústria. As cidades passam a atrair novos contingentes de população, adquirem importância, ampliam suas muralhas e os habitantes começam a tolerar cada vez menos a autoridade e os direitos exercidos pelo senhor.

O que é Filosofia?

Filosofia é uma palavra de origem grega que significa literalmente "amigo da sabedoria" (philos sophias). Narra-se que o termo foi inventado por Pitágoras, que certa vez, ouvindo alguém chamá-lo de sábio e considerando este nome muito elevado para si mesmo, pediu que o chamassem simplesmente filósofo, isto é, amigo da sabedoria.
A filosofia é um conhecimento, uma forma de saber que, como tal, tem uma esfera própria de competência, a respeito do qual procura adquirir informações válidas, precisas e ordenadas.

* Mito e filosofia
* Respostas mítica, científicas e filosóficas

- Os três grandes pensadores

* Platão
* Sócrates
* Aristóteles

A mente humana é naturalmente inquiridora: Quer conhecer as razões das coisas.
Do mito foram dadas as mais diversas interpretações, das quais as principais são:

* Mito-verdade
* Mito-fábula

O Plano Real (1994-1998)


O capital especulativo entrou no país comprando a moeda nacional, valorizando-a, ou seja, tornou-a equivalente ao dólar, pois parte desse dinheiro foi colocado no Banco Central. A moeda forte estimulou o consumo dos produtos importados que acabaram concorrendo com os produtos nacionais. Assim, as empresas nacionais não conseguindo pagar os impostos e suas dívidas, devido a perda na produtividade começou a demitir seus funcionários gerando desemprego.

- 1999 à hoje.

A outra parte do capital especulativo foi jogada no mercado financeiro valorizando a cotação das ações na Bolsa de Valores. Gerando uma diminuição na procura das mesmas, os investidores começaram a ficar com medo, pois não estavam conseguindo recuperar o dinheiro investido, além da possibilidade, devido ao problema interno da diminuição do consumo comprometer o lucro das empresas e a circulação do capital, do governo não conseguir pagar os juros. Essa situação gerou uma "bolha" no mercado financeiro, os investidores com medo iniciaram uma compra de dólares para sair do país (fuga de capitais) e os externos deixaram de mandar dinheiro, o governo sem recursos, resolveu utilizar as reservas, tendo que desvalorizar a moeda (o real) a desvalorização encareceu o preço dos componentes e insumos dos produtos importados, aumentando o valor dos serviços, desencadeando a volta da inflação.


* Desemprego
* Inflação
* Alto índice de encargos sociais
* Elevada carga tributária
* Elevado índice de sonegação fiscal
* Elevado índice de corrupção
* Recessão (queda na produtividade)
* Violência


Questões


1- O Plano Real de estabilização da economia brasileira, levou-se inicialmente ao (à):

( ) congelamento geral de preços e salários.

( ) congelamento da taxa de câmbio R$/US$.

( ) estabelecimento de metas de inflação para o Banco Central do Brasil.

(X) valorização do real em relação ao dólar americano.

( ) forte expansão das exportações.


2- O Plano Real instituiu uma nova moeda:

( ) Cruzeiro
( ) Cruzado
(X) Real


3- Sobre o Plano Real no período de 1994-1998, assinale a alternativa incorreta:

( ) O capital especulativo entrou no país comprando a moeda nacional, valorizando-a, ou seja, tornou-a equivalente ao dólar, pois parte desse dinheiro foi colocado no Banco Central.

( ) A moeda forte estimulou o consumo dos produtos importados que acabaram concorrendo com os produtos nacionais.

(X) Neste período a moeda Real, tornou-se muito importante em todo o Brasil, expandindo-se também para outras regiões mundiais que acabaria seguindo o nosso modelo econômico financeiro.

( ) As empresas nacionais não conseguindo pagar os impostos e suas dívidas, devido a perda na produtividade começou a demitir seus funcionários gerando desemprego.


4- Marque V para as verdadeiras e F para as falsas:

(F) O Plano Real significou a valorização da moeda e o crescimento interno no Brasil, com isso os setores de saúde e serviço foram contemplados com significativos projetos, beneficiando principalmente classes trabalhadoras.

(F) A estabilização da moeda foi crescente e a balança comercial tornou-se favorável produzindo grandes progressos materiais e, portanto, sociais.


5- Cite as principais características do Plano Real no início da sua implantação.


6- Quais foram as consequências da sobrevalorização do real em relação ao dólar entre 1994 e 1999?


Resposta questão 5 ~ A diminuição da inflação, o crescimento do consumo estimulando a produção, o aumento do poder aquisitivo de pessoas de baixa renda e a valorização da moeda equiparada ao dólar.


Resposta questão 6 ~ Resultou no acúmulo de grandes déficits. O país passou a depender da entrada de capitais especulativos, atraídos por uma política de juros internos elevados, inibindo o crescimento da economia.